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  • 03
  • FEV
  • 2016

Locação de imóveis no RN cresce 20% na temporada

 O volume de locações de imóveis no Rio Grande do Norte aumentou em cerca de 20% em comparação com o ano passado. Diferente do que se poderia imaginar em relação à crise econômica afastar locatários, a atual conjuntura financeira pela qual vive o país aqueceu esse setor. A estimativa é do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Secovi-RN) que vai divulgar os números deste período após o carnaval.

Este período é o que normalmente aumenta o volume dos contratos de alugueis, mas desta vez, outros fatores estão impulsionando para que esta realidade esteja acima das expectativas. Os preços se mantiveram atrativos, visto que não houve aumento significativo do preço de locação com a mudança de ano.

O presidente do Secovi-RN, Renato Gomes, que administra uma das maiores imobiliárias de Natal, explica que o imóvel residencial tem uma característica específica neste inicio de ano que faz crescer o volume de locação face a época. “Eu estimo que teremos um aumento de 20% comparado a 2014. É porque neste período acontecem muitas mudanças, seja de emprego, escola, cidade, curso. Por isso é comum termos um aumento nesta época. Mas a crise também está ajudando”, revela.

Segundo ele o interesse por aluguel está maior do que o interesse pela compra do imóvel. O mercado da construção civil tem anunciado que é alto o número de unidades lançadas a espera de interessados e que, esta é uma das razões para não estar havendo novos lançamentos. “Um fenômeno que acontece em virtude da crise é de quando se cai o volume de vendas de imóveis se aumenta o volume de locação. A confiança das pessoas pela compra do imóvel está em baixa e elas preferem alugar até se sentirem seguras”, explica Renato Gomes.

O que ele diz se constata no levantamento realizado pelo site do portal ZAP Móveis que constatou que, pela primeira vez em quinze anos, o interesse por aluguel é maior do que o interesse por compra. Em dezembro de 2014, o site registrava 60% das buscas para compra de imóveis e, um ano depois, apenas 38% das pessoas que acessavam o sistema tinham esse interesse. O restante quer alugar.

Um fato interessante que o presidente do Secovi relata é que, diferente do que tem ocorrido nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Pela primeira vez desde 2008 os preços de aluguel de imóveis registraram queda anual. Em 2015, os valores de locação caíram, em média, 3,34% em nove cidades desses estados, acompanhadas pelo índice FipeZap, que avalia as variações de preços de aluguéis anunciados. NO RN os preços dos imóveis não caíram, mas também não subiram, permanecem estáveis.

“Os preços estão estáveis, não estão aumentando. Isso porque, apesar da alta procura, há disponibilidade de imóveis devido a saída daqueles que compraram imóveis há dois, três anos e receberam no ano passado. Até mesmo quem comprou casa em 2015 para revender está alugando porque vender ficou difícil”, diz. Na conta do valor do aluguel que permanece estável, segundo o presidente do Sincovi, leva-se em conta a alta da inflação que ultrapassa os 10% e não houve reajuste neste patamar.

MODALIDADES

Para se alugar, predomina no estado a modalidade do fiador, aquela pessoa física que dá a garantia a imobiliária. De acordo com Renato Gomes, em 85% das locações feitas pelas administradoras de imóveis ainda é utilizada essa modalidade. O restante negocia com outras garantias, como o calção bancário, título de capitalização o, garantia de outro bem, ou adiantamento de aluguel podendo chegar até três meses de adiantamento.Essa modalidade é permitida e opcional quando não há a figura do fiador. É uma garantia que as imobiliárias precisam ter.

Natal ainda concentra maior volume de locação. Em seguida vem Parnamirim e Mossoró. “Mas temos uma grande perspectiva em relação a São Gonçalo. Percebemos uma movimentação lá depois da inauguração do novo aeroporto e certamente essa movimentação vai crescer”, prevê Renato Gomes.
Credito: Canindé Soares
Fonte: Novo Jornal
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