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  • 01
  • JUN
  • 2015

Natal, cidade cada vez mais vertical

O desenvolvimento econômico e populacional das cidades brasileiras, além do esgotamento de espaços, ao longos dos últimos anos, têm refletido em mudanças nas paisagens municipais, principalmente, em grandes localidades. No Rio Grande do Norte, o cenário não é diferente. Segundo o último levantamento do IBGE – Censo – entre 2000 e 2010, o número de apartamentos construídos em Natal e Parnamirim praticamente dobrou, saltando de 17.911 para 35.077. Na capital potiguar, em determinados pontos das zonas Sul e Leste, em especial, o horizonte já divide-se entre céu e concreto, em virtude da verticalização. As duas regiões, inclusive, possuem os seis maiores edifícios do município. Entre eles, um dos maiores do Nordeste: o Mirante José Olímpio Filho, com 138 metros de altura.
A ocupação das áreas urbanas de Natal é regulamentada desde 1997, através da Lei 4.932/97. Dez anos depois, o Município publicou a primeira revisão, com a Lei 79/2007. Por esta atualização, algumas diretrizes foram modificadas, principalmente, no âmbito do gabarito de edificação, que antes possuía maior flexibilidade. Hoje, os prédios da capital, diferentemente do Mirante José Olímpio Filho, licenciado em 2006, não podem ultrapassar 65 metros de altura, em áreas de adensamento básico (20 bairros), e 90 metros nas regiões adensáveis (16 bairros). Apesar disso, já há um entendimento entre órgãos e entidades de meio ambiente e engenharia que a regra pode ser revista, pelas transformações técnicas e sociais dos últimos oito anos.
Para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (CREA/RN), o limite de gabarito não impede a verticalização da cidade, mas, ele precisa ocorrer de forma organizada, priorizando as regiões que possuem maior infraestrutura, e com o auxílio do Poder Público na manutenção dos instrumentos do Plano Diretor de Natal, como esgotamento sanitário e mobilidade urbana. “Tudo tem que ser ordenado. Eu não posso pegar um bairro que não tenha qualquer infraestrutura e começar a construir grandes edifícios lá, porque eu vou ter uma série de pessoas morando sem saneamento, abastecimento de água e transporte público. Temos que ter a responsabilidade. Por outro lado, também não podemos desperdiçar as áreas estruturadas, porque se torna um prejuízo”, comentou Ana Adalgisa Dias Paulino, vice-presidente do CREA/RN.
Foto: Arquivo TN
Fonte: (Tribuna do Norte)
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